domingo, 24 de novembro de 2013

Documentario - Bigger Stronger Faster*, 2008



 busca por corpos perfeitos e resultados esportivos através de drogas é o tema deste documentário.
"Em 1988, na Olimpíada de Seul, o corredor canadense Ben Johnson foi obrigado a devolver a medalha de ouro dos 100m rasos, pois fora pego no teste antidopping. O ocorrido deu início a uma cruzada mundial contra o dopping no esporte, com vários países aprovando leis severas, tornando os chamados esteróides anabolizantes tão proibidos quanto a cocaína. O segundo colocado na disputa, o americano Carl Lewis, proclamado novo vencedor, tornou-se o símbolo dessa nova onda.
Anos após o desonroso fato, o Comitê Olímpico Internacional refez os testes da prova fatídica e os resultados foram chocantes: não só Ben Johnson estava dopado, como 8 dos 10 corredores usavam alguma substância ilícita, inclusive Carl Lewis. A tecnologia da época não conseguiu detectar a fraude porque os americanos usavam uma substância para burlar o exame. E mais: 6 em cada 10 esportistas americanos que competiram na mesma olimpíada não passaram num teste interno e sigiloso do Comitê Olímpico Americano, recentemente aberto.
Esses e vários outros escândalos estão no documentário Maior, Mais Forte, Mais Rápido*, de Chris Bell, ele próprio, junto com os dois irmãos, ex-usuário de esteróides. Usando a experiência pessoal e familiar, o diretor tenta entender porque hoje os esteróides são tão consumidos nos EUA – entre os adolescentes na high school, já são mais populares que a maconha.
Seu documentário bem humorado, exaustivamente documentado, com um vasto leque de entrevistas, vai mostrando os grandes esportistas americanos que foram pegos em teste de dopping e outros ícones, como Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone e Hulk Hogan, artistas que confessaram ser usuários – no caso de Arnold, desde os 15 anos, fundamental para que ele tenha se tornado Mister Mundo com apenas 19 anos de idade.
Arnold é o personagem principal do documentário, pela simples razão de que o então adolescente Chris Bell inspirou-se nele para começar seus treinamentos e querer ser grande. "Nunca vi Casablanca na minha vida, mas sabia de cor todas as falas de Arnold em seus filmes", diz o diretor, que leva o assunto com inegável conhecimento e coragem, em especial mostrando o lado positivo dos anabolizantes, no caso dos portadores de AIDS, que conseguem ter uma vida mais ou menos normal com o uso desse tipo de medicamento.
Ele não perdoa Arnold. Uma vez presidente do Comitê Olímpido Americano, nomeado pelo presidente Ronald Reagan, escondeu vários relatórios sobre o uso de anabolizantes no esportes americanos, incentivou pesquisas de remédios para despistar as drogas em testes internacionais, sendo que ele próprio, usuário confesso, estava eticamente impossibilitado de assumir o cargo, para o diretor influenciando milhares de crianças e adolescentes – uma parte dos 5.000 adolescentes que se suicidaram nos EUA em 2008 escondiam o uso de esteróides dos pais.
Mas o documentário, lotado de dados, não fica na esfera oficial de documentos e leis. Procura entender como se chegou a essa situação. Ao ganhar contornos mais universais, abre o espectro e fica mais interessante. Nesse ponto, Bell dirige suas câmeras para os maiores centros de treinamento físico dos EUA e mostra a obsessão dos atletas com o ideal da força física, ademais universal e atemporal.
Mostra o fanatismo das torcidas dos grandes times de futebol, beisebol e hóquei, entrevistando médicos e pesquisadores que não sabem afirmar, uma vez que não existem estudos conclusivos, sobre os efeitos do uso prolongado dos anabolizantes no corpo humano (calvície, atrofia dos testículos e problemas do fígado são certos). No caso das mulheres, ele filmou o corpo peludo das halterofilistas, uma delas com pomo-de-adão, a maioria com uma voz mais grossa que o diretor.
Uma das entrevistas mais engraçadas (o filme é todo bem humorado, apesar da seriedade do assunto) é com Stan Lee, o criador do Capitão América, para o diretor o herói anabolizado por excelência da cultura pop. Stan Lee disse que, quando ia à praia, ficava com inveja dos bíceps dos fortões, que por fim foram a fonte de inspiração para o cartoon.
Bell entrevista defensores dos anabolizantes. Dizendo que nenhuma droga é 100% segura, afirma que muita gente injetou tetosterona e outros químicos a vida toda sem nenhum efeito colateral (segundo ele, apenas 5% da população tem alguma rejeição aos anabolizantes) e que a maior parte parte dos casos de internação e intoxicação é causada pelo uso excessivo do produto, afora a paranóia e os exageros cometidos por parte da imprensa.
Ao adentrar no meio das revistas de musculação e deixar o microfone aberto aos halterofilistas, editores, modelos e donos de agências de casting, ou seja, quem ganha dinheiro com o fitness, Chris Bell realmente informa, pois não os julga, faz brincadeiras para descontrair e, assim, tirar deles a informação que quer: a idéia de que, para se ter o corpo perfeito, é imprescindível usar esteróides, como se ninguém fosse capaz pelos próprios esforços. Mostra também os avanços da medicina no dopping genético, filmando uma vacas duas vezes maior e mais forte que as irmãs sem nenhum aditivo químico, apenas manipulação genética.
Quando, no entanto, entra no ambiente familiar, o filme desanda. O diretor reúne a família para confessar que usou Winstrol na faculdade. A mãe chora e pergunta se o erro está nela. Tudo soa falso e desnecessário, aproximando-se da escola Michael Moore de documentário populista. Felizmente, quando enfim encontra Arnold, a cena não é constrangedora como a do encontro de Moore com Charlton Heston em Tiros em Columbine, mas hilariante, irônica –  fascinado pelo ídolo que tenta demolir, o diretor vota nele para governador da Califórnia."

Estetica



Observando para uma melhor compreensão abordar a "modernidade" apresenta o corpo humano, fazendo uma reflexão sobre a corporeidade a partir da grande influencia Platônica (idealismo/,materialismo), assim como a reflexão sobre a corporeidade a partir da influencia filosófica greco-romana e a transição do mundo helênico-cristão - abordando a visão emancipada da corporeidade atual, assim como a influencia da mídia e o corpo passando a ser "produto mecanizado e mercadológico".
          A visão idealista  criada pelos gregos com a concepção do “micro-cosmos” emancipando para o “macro-cosmos” , a natureza condiciona e influencia a visão de corpo.
Platão (428-347 a.C)  Refletindo no mundo das ideias onde a alma surgiu e se encarcerou no corpo que é o mundo real, representando o corpo como sendo inferior e limitado em contraposto a alma que é perfeita, imutável e eterna. Fazendo um pressuposto cristão, sendo as atividades realizadas pelo intelecto eram consideradas nobres e reservadas a aristocracia e relegando as classes inferiores a atividades braçais.
O darwinismo mostrando que o corpo é resultado de uma evolução biológica, marcado pelo contexto geográfico e histórico, O capitalismo que renegou o corpo a condição de maquina, diante disto surge a filosofia marxista,  indo contra a “retificação” do ser humano. Novas portas se abriram para entender o ser humano nos vários campos do conhecimento, tais como: a visão sociológica da historia da produção intelectual de Karl Marx (1818-1883); Albert Einstein (1879-1955) "o ser no tempo-espaço", Edmund Husserl (1859-1938) "o ser de consciência" e a remanescente contribuição da Psicanálise de Sigmund Freud (1856-1938), que em congresso de l927 profere uma conferência com o tema bem sugestivo: "Eu lhes trago a peste"
"Nós, seres humanos somos infelizes. Nossos corpos adoecem e decaem, a natureza exterior nos ameaça com a destruição, nossas relações com os outros são fonte de infelicidade. Mas todos nós fazemos os mais desesperados esforços para escapar da tal infelicidade. O poder sobre a natureza não é o único pré-requisito para a felicidade humana, assim como não é o único objetivo dos esforços culturais. Não nos sentimos à vontade em nossa civilização atual". (FREUD, 1927 apud SCHULTZ, 1995)
Atualmente na sociedade, principalmente ocidental, vem impondo um padrão de corpo perfeito, desenvolvendo nas pessoas, hábitos e comportamentos que obrigam a seguir a    “beleza física”.
Assim como a midia hollywoodiana, “formadora de opinião” traz sua visão de corporeidade através de seus marcos cinematográficos, tais como: “Matrix” (mundo virtual versus mundo real – outra vez eminencias platônicas),  Blade Runner (seres humanos sendo apenas meras copias perversas e amorais), “Simone” (cujo enredo mescla fenômeno midiático, cultura de massa e padrão de beleza eurocêntrica), “O homem Bicentenario” (o ser insensível).  São metáforas da banalização do ser “humano” , da sua perda de identidade e despojado da sua subjetividade.
       Podemos observar que durante séculos o mundo tinha primeiramente uma visão idealista e logo após materialista,  mas atualmente esta sendo influenciado pela mídia, onde podemos observar  um padrão único de beleza,  supervalorização do corpo, perda da identidade e subjetividade, onde o valor do corpo está relacionado a logica de mercado. E preciso desenvolver na sala de aula o senso-critico , a socialização e a cidadania quando for tratar da cultura corporal. Tendo assim como objetivo traçar um novo olhar sobre a corporeidade do homem moderno, e apontar pistas para os educadores atuais que desejam assumir uma postura critica para seguir esse caminho.

Referências
AQUINO, Tomás. Suma Teológica. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Pensadores)
ARANHA, Maria L. A. e MARTINS, Maria H. P. Filosofando: introdução a filosofia. São Paulo: Moderna, 1986.
BETTO, Frei. A mosca azul: reflexão sobre o poder. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.
BUZZI, R. Arcângelo. Filosofia para principiantes. Petrópolis: Vozes, 1991.
DAOLIO, Jocimar. Da cultura do corpo. 6ª ed., Campinas: Papirus, 1995.
DUHEM, Pierre. Le systeme du monde. Paris: Hermann, 1988.
DUMONT, Adílson. Uma breve reflexão sobre a gênese da psicologia In: Boletim 2003 -CDPH/UFMG/FAE).
FERREIRA, Márcia O. V.; GUGLIANO, Alfredo A. Fragmentos da globalização na educação: uma perspectiva comparada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
GUSDORF,Georges. Agonia de nossa civilização. São Paulo, Convívio, 1978.
HIPÓCRATES. Oeuvres Medicales. Lyon: Du Fleuve, 1954.
SCHULTZ, Duane. História da Psicologia Moderna. São Paulo, Cultrix, 1995.
SOARES, Carmen L. Corpo e história. Campinas: Autores Associados, 2001.
VARGAS, Angelo L. S. Variações em torno do corpo brasileiro. In: SOARES, Carmen L. Educação física e o corpo: a busca da identidade. Rio de Janeiro: Sprint, 1990.

Legalização da MACONHA

Programa mostra a experiência de países que mudaram as leis sobre as drogas. Em Portugal ninguém pode ser preso por usar drogas, o país tem uma ousada política que inclui tratamento e até moradias sociais. Nos EUA, 20 estados legalizaram a maconha para fins medicinais. 

Exibido em 29 de Outubro de 2013.

VÍCIO EM DROGAS





O vício causado pelas drogas vem causando problemas sociais e econômicos no Brasil, deixando de ser apenas uma questão pontual e passando a ser uma problemática difundida em todos os cantos do país e em todas as classes sociais (GÓIS et al. 2010).

Além das questões sociais e econômicas, a dependência química (termo recomendado pela OMS – Organização Mundial da Saúde - de menor conotação moral)  se tornou um grave problema de saúde pública. O uso de substâncias entorpecentes como o LSD, Cocaína, Crack, Heroína, Anfetaminas, Estimulantes, entre outros, afetam o sistema nervoso alterando sensações e sentimentos, que mudam o comportamento do indivíduo.

Alguns conceitos e pensamentos são importantes considerar, quanto aos vícios a entorpecentes, para melhor compreensão dos seus efeitos físicos, psíquicos e sociais. 

Segundo BENFICA (2008), vício é um padrão de comportamento caracterizado pelo uso compulsivo e pela necessidade expressiva de drogas e de assegurar o seu suprimento. Na falta da droga, os usuários que costumam consumi-la apresentam sintomas penosos, a dependência física, que causam um desajuste metabólico a chamada Síndrome de Abstinência.

Para Aristóteles, os vícios são os excessos, é ter uma conduta irracional e deficiente. Para ele os vícios são extremos opostos em que o meio termo é a virtude. Já para Spinoza, o vício é deixar-se governar pelas causas externas, torna-se submisso.

A dependência á substâncias entorpecentes, traz diversas consequências para o meio social, e por isso necessitam de um olhar atento de todos da sociedade.



BENFICA, Francisco Silveira. Medicina Legal. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2008.


GÓIS, Mariana Maiza de Andrade & AMARAL, José Hamilton do. O Uso de drogas ilícitas e suas consequências sociais e econômicas. Pará, 2010.

Documentario - National Geographic - Esteróides Anabolizantes




"Os esteróides estão entre os itens mais polêmicos da atualidade não somente por serem ilegais, injustos ou potencialmente fatais, mas porque eles realmente funcionam.

Este documentário sem precedentes revela pela primeira vez não apenas o que os esteróides fazem, mas como e por que eles funcionam. Apesar de fundamentado na ciência, não trazemos um estudo clínico.

Já vimos o que acontece fora do corpo ... em detalhes espantosos. Agora, pela primeira vez, surpreendentes imagens em computação gráfica relevam o que acontece por dentro. Isto é pura ciência: onde a química encontra a anatomia, com consequências espetaculares e por vezes trágicas. Agora, com os novos esteróides e a manipulação genética entrando na briga, o céu é realmente o limite.

Cada geração de hormônios sintéticos é mais forte do que a anterior. Cada período de testes anti-doping revela uma nova estratégia para manter os consumidores destes produtos um passo a frente da lei. Perguntas que nunca tivemos respostas serão respondidas."






O vídeo a seguir mostra os transtornos decorrentes do vicio em sexo, que destrói  a vida do próprio individuo e das pessoas que estão ao seu redor, se não for devidamente tratado.  

CONSUMISMO



O consumo de bens necessário e até indispensáveis à vida e ao bem estar (morar, comer, beber, dormir, saúde,estudos, lazeres...prazeres); Outra é o consumismo. 
Desenfreado, o consumismo excede a necessidade, culminando na produção de mercadorias, na ostentação do luxo e num portentoso descarte de lixo.
O filosofo e sociólogo francês Jean Baudrillard , alega que o consumo transformou-se  na moral do mito contemporâneo, encaminhando-se para a destruição das bases do ser humano. Pode-se considerar que tal vicio seja um mal do seculo. Marx dedicou boa parte de seus estudos para compreender a sociedade pela ótica da produção, da economia política. Tal materialismo histórico colocou a produção material como objeto principal para o estudo do processo histórico de desenvolvimento – onde os indivíduos possuem notada importância para o estabelecimento dos estágios de produção, bem como para o seu próprio desenvolvimento.
Ele também dizia que 
Somente no consumo o produto recebe seu último acabamento. (…) O consumo produz a produção duplamente: 1) na medida em que apenas no consumo o produto devém efetivamente produto. (..) 2) na medida em que o consumo cria a necessidade de nova produção. (…) Se é claro que a produção oferece exteriormente o objeto do consumo, é igualmente claro que o consumo põe idealmente o objeto da produção como imagem interior, como necessidade, como impulso e como finalidade. Cria os objetos da produção em uma forma ainda subjetiva. Sem necessidade, nenhuma produção. Mas o consumo reproduz a necessidade. "